Conduzida pela juíza Etelvina Lobo Braga, a audiência foi suspensa após 2 horas e meia de debates e será retomada na segunda-feira (17), com a previsão de homologação de acordo
Nesta quinta-feira (13) a 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Manaus realizou uma audiência de conciliação na Ação Civil Pública N.º 0039516-75.2025.8.04.1000, que trata da tarifa de transporte coletivo urbano na capital. Após duas horas e meia de debate, a audiência foi suspensa pela juíza Etelvina Lobo Braga e será retomada na próxima segunda-feira (17), com a previsão de que na data seja feita a homologação do acordo no processo.
A audiência contou com a participação dos promotores de justiça da 77ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa e Proteção do Patrimônio Público (PRODEPPP), Sheyla Andrade e Edinaldo Medeiros, autores da ação; do procurador-geral do Município de Manaus, Rafael Bertazzo acompanhado do procurador municipal Marco Aurélio Choy; e do diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbano (IMMU), Arnaldo Flores, requeridos da ação. Além das partes, a magistrada ouviu também vereadores e um advogado que se inscreveram para manifestar e dar sugestões para resolver a questão.
Durante o debate com as partes da ação, a magistrada apresentou preocupação com o custo ao público mais vulnerável que utiliza o transporte coletiv, abordou a questão da evasão dos usuários para outros meios de transporte e da segurança nos ônibus, questionou aspectos dos documentos apresentados pelos requeridos no processo, e perguntou quais as propostas para viabilizar o sistema e para a tarifa a ser fixada.
Houve debates entre os participantes sobre questões como a planilha de custos, subsídios para manter o sistema de transporte coletivo, cumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta pelo Município, entre outros aspectos. Por fim, o Município e o IMMU apresentaram a proposta de fixar em R$ 4,50 a tarifa para usuários de baixa renda inseridos no Cadastro Único (CadÚnico), de R$ 5,00 para usuários não cadastrados no referido cadastro e de R$ 6,00 para o vale-transporte adquirido por empresas.
O MP concordou com os valores propostos e apresentou cinco tópicos a serem observados: a preocupação com os mais vulneráveis; possibilidade de ter tarifa diferenciada, por horário; que o IMMU cumpra a reposição da frota para garantir a qualidade do serviço; a realização de uma auditoria com avaliação real do custo das empresas; e o cumprimento integral do Termo de Ajuste de Conduta firmado anteriormente pelos requeridos.
“A audiência foi bem produtiva, com a oitiva dos vereadores que deram sugestões, e partimos para as propostas em mesa, sendo que as duas partes ficaram satisfeitas, mas a Prefeitura e o IMMU vão levar ao prefeito os pontos fixados como proposta de acordo e segunda-feira vamos continuar a audiência e fechar com a homologação”, afirmou a juíza Etelvina Lobo Braga, acrescentando que irão solucionar uma questão social que é importante com um bom acordo.